"Amor... Desamor..."
Amor, por que me causas tantos dissabores,
Se em toda a vida, nos meus versos, te enalteço?...
Oh, enclausurar-me em teus domínios, quando fores,
Peço: Devias ter por mim maior apreço...
Não reconheces meus alardes de euforia,
Quando em teus laços eu me enredo, fatalmente?...
Não vês minha alma, nas voragens da alegria,
Render-lhe preitos de louvor, tão eloquente?...
Meu peito exulta, em toda vez que te anuncias,
Me abres as portas e me enlaças fortemente,
Me prometendo tão somente amor e paz...
Mas me torturas sempre ao fim; não o devias...
De que me vale um sentimento que só mente,
Que desamor, em vez de amor, é o que me traz?!...