19/01/2009

“Realeza”

Eu tinha um riso que me divertia,
Um riso bem largo, escancarado...
Muitas das vezes, nem motivo havia,
Pra estar ali, no meu rosto estampado.

Causava alarde esse meu riso aberto;
Já me chamavam de “Rei da Alegria”...
Mas nem eu mesmo, nunca soube ao certo,
Por que, de que, daquele jeito eu ria.

E lhes confesso que hoje ainda não sei,
De que lugar tal riso tenha vindo,
Que de homem simples transformou-me em rei...

O riso se foi, mas não a realeza,
Pois todos que me viam sempre rindo,
Me chamam agora: “Rei da Tristeza”!...