“Senectus”
“-Ó maldita “Senectus”, o meu rosto engelhas!...
Ouve, por um momento só, as minhas queixas;
Por que tu não deténs teu curso, não me deixas,
Não vês que a um deserto, de tal modo o assemelhas?
Não me venhas falar de desígnios divinos,
Tal desculpa não quero ouvir, não me convences;
Melhor, que bem depressa, noutra esquiva penses,
Ou nalgo que abrande teus modos tão ferinos.
Se má impressão meu rosto causa, é culpa tua,
Se dele riem, toda vez que eu saio à rua,
És a culpada, tu bem sabes, não me negues.
Se a mim tu impões cada vez mais, tanto rigor,
De minha amada, aqui te imploro, por favor:
Ao menos, pra bem longe, os teus cinzéis carregues!...”
“-Ó maldita “Senectus”, o meu rosto engelhas!...
Ouve, por um momento só, as minhas queixas;
Por que tu não deténs teu curso, não me deixas,
Não vês que a um deserto, de tal modo o assemelhas?
Não me venhas falar de desígnios divinos,
Tal desculpa não quero ouvir, não me convences;
Melhor, que bem depressa, noutra esquiva penses,
Ou nalgo que abrande teus modos tão ferinos.
Se má impressão meu rosto causa, é culpa tua,
Se dele riem, toda vez que eu saio à rua,
És a culpada, tu bem sabes, não me negues.
Se a mim tu impões cada vez mais, tanto rigor,
De minha amada, aqui te imploro, por favor:
Ao menos, pra bem longe, os teus cinzéis carregues!...”