“Eu e o meu espelho”
A contemplar o próprio rosto, desolado,
Às vezes fico horas frente ao meu espelho,
Hábito a que há bom tempo me aconselho,
Buscando nele um fugir desesperado.
Alguém me disse, certa vez, cheio de espanto;
"- Que estranho confidente, o próprio espelho!... Ora,
Pode ele compreender se você chora,
O mal que dentro se exaspera e aflige tanto?..."
Não sei como explicar um tal procedimento...
Pode, certamente, a outros olhos parecer,
Ilógico, insensato, e sem discernimento!
Que ele ao refletir meu rosto, com frieza,
Acata paciente as mágoas do meu ser,
Posso dizer aqui, no entanto, com certeza!
A contemplar o próprio rosto, desolado,
Às vezes fico horas frente ao meu espelho,
Hábito a que há bom tempo me aconselho,
Buscando nele um fugir desesperado.
Alguém me disse, certa vez, cheio de espanto;
"- Que estranho confidente, o próprio espelho!... Ora,
Pode ele compreender se você chora,
O mal que dentro se exaspera e aflige tanto?..."
Não sei como explicar um tal procedimento...
Pode, certamente, a outros olhos parecer,
Ilógico, insensato, e sem discernimento!
Que ele ao refletir meu rosto, com frieza,
Acata paciente as mágoas do meu ser,
Posso dizer aqui, no entanto, com certeza!