26/07/2016



"Ao fim"






Viver é uma questão de pura sorte,
Louca aventura de um certeiro fim...
(De algo tão sério, como a própria morte,
Deus vai perdoar-me por falar assim!...)

De nada valem choro e rezas, nada,
Para escapar do trágico destino...
Num dado ponto dessa incerta estrada,
Sobrevirá, das sombras, o assassino

Que vai levar-nos, sempre à revelia,
Rumo ao encontro de outras dimensões,
Pra algum rincão remoto do Universo...

Mas lá, no palco de uma lousa fria,
Na mais medonha das orquestrações, 
Inda minh'alma há de cantar meu verso!...